As pessoas nascem com dons vigorosos e destacados de outras como, por exemplo, os arquitetos, que criam todas as imagens de como pode vir a ser uma construção. Outros, com dons para mestre de obras, com capacidade inata para coordenar uma obra tornado-a realidade. Assim também o planejador versus o executor, o sonhador versus o realizador.
Poucos são os que possuem os dois dons, sonhador e realizador, bem desenvolvidos, harmoniosos, equilibrados.
Nos extremos, temos os ingênuos, utópicos, simplistas, infantis, os que cresceram mas ainda acreditam em Papai Noel, Coelhinho da Páscoa, ficar rico jogando em loterias e similares. Acreditam cegamente no papo dos vendedores, dos gerentes de bancos, das propagandas ludibriosas. Esses são vítimas fáceis dos vigaristas, golpistas, espertalhões, manipuladores.
No outro extremo, temos os excessivamente pragmáticos, "São Tomés". São desconfiados, não confiam em ninguém, são centralizadores, absortos na execução, são fechados à criação, inovação, parcerias.
Claro que o mundo precisa dos artistas, sonhadores, visionários, assim como dos executores e pragmáticos.
A questão é o preço a se pagar por viver nos extremos. Quase todos gênios, pintores, escritores, inventores, morreram pobres, abandonados. Poucas são as exceções.
Fique atento: 1- O projeto, o planejamento, é, com sorte, 20% da obra pronta. O restante depende de recursos, suor, trabalho, tempo, coordenação, equipe, resiliência, persistência, paciência, impaciência e muita dedicação. 2- O mapa não é o território. É apenas o mapa. 3- O sonho não é a conquista. É apenas a ideia, o desejo.
Cabeça lá Lua, mas os pés no chão! Há que ser cético e pragmático para ter sucesso!
Por Adilson Rodrigues
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